segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Laboratório público produzirá células-tronco sem embriões

Investimento de R$ 4 milhões reforça pesquisa no setor. Brasil está entre os cinco países do mundo que detêm a tecnologia

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, inaugurou, nesta segunda-feira (30), o Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (Lance), na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na instalação, serão produzidas as unidades da linhagem brasileira de células-tronco pluripotentes induzidas, que podem se transformar em qualquer célula sem ser criada a partir de embriões – a primeira linhagem foi desenvolvida pela equipe da UFRJ, no início deste ano. O investimento foi de R$ 4 milhões, divididos entre Ministério da Saúde , o BNDES a FINEP e CNPq.

A solenidade, realizada no auditório do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, comemorou também os 40 anos do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). "O Ministério da Saúde se orgulha de apoiar esse laboratório. O Brasil está na frente, entre os cinco países do mundo que detêm a tecnologia das células-tronco. Está na vanguarda do conhecimento para doenças genéticas que não têm cura", afirmou Temporão. Segundo ele, a iniciativa ganha ainda maior relevância pelo fato de o laboratório e a tecnologia estarem à disposição de uma universidade pública e um hospital universitário.

O apoio para pesquisas com células-tronco é apenas um exemplo do que o Ministério da Saúde vem fazendo pela ciência no país. Desde 2003 até o primeiro semestre de 2009, R$ 532,75 milhões foram investidos em 2.694 projetos científicos de universidades e instituições de pesquisa.

O Brasil, no início deste ano, foi o quinto país a produzir células-tronco pluripotentes induzidas. A pesquisa foi coordenada pela Lygia da Veiga Pereira, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e Stevens Rehen da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tanto Lygia quando Rehen são estudiosos das células-tronco e tiveram estudos financiados pelo Ministério da Saúde, através da Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC).

Ela chegou a primeira linhagem de célula-tronco embrionária humana no Brasil e ele produziu a primeira linhagem de células-tronco obtidas sem o uso de embriões (células-tronco induzidas). Rehen recebeu R$ 200 mil, em 2005, e Lygia, R$ 230 mil, naquele mesmo ano. A expectativa é de encerrar o ano com um investimento de R$ 3 milhões, para prosseguir os estudos. Isto deixa os pesquisadores nacionais ao lado de outros da China, Estados Unidos, Alemanha e Japão.

A Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC), coordenada pelo Ministério, deve encerar o ano com um investimento total de R$ 32 milhões, em 2009, divididos entre BNDES e dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Saúde.

Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, Roberto Lent, disse, durante a inauguração do laboratório, que a medida potencializa os projetos do setor. "É um projeto ambicioso e ousado que teve importante apoio dos Ministérios da Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia e do BNDES".

Participaram da cerimônia de hoje o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães; o diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Alexandre Pinto; a vice-reitora da UFRJ, Sylvia da Silveira Vargas; o diretor da Faculdade de Medicina, Antônio Ledo da Cunha; o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães; e o decano de Ciência da Saúde, Almir Fraga Valladares.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Brasil receberá R$ 100 milhões para combate à malária

Brasil receberá R$ 100 milhões para combate à malária
Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária financiará Projeto para Prevenção e Controle da Malária na Amazônia Brasileira nos próximos 5 anos

As comunidades que vivem em 47 municípios de seis estados da região amazônica serão beneficiadas por um investimento extra de quase R$ 100 milhões para ações de prevenção e tratamento da malária nos próximos cinco anos. O Fundo Global de Luta contra AIDS, Tuberculose e Malária financiará o Projeto para Prevenção e Controle da Malária na Amazônia Brasileira, aprovado em 2008 e que começará a ser executado em 2010. O repasse será feito em cinco parcelas e representa um incremento de 14% em relação aos investimentos previstos pelo Ministério da Saúde para o período.

“O Brasil vem conseguindo resultados muito bons em relação à malária, com uma redução de 50% do número de casos entre 2005 e 2008. Esse recurso adicional vai contribuir para qualificar o trabalho nesses municípios que concentram o maior número de casos – com melhoria do diagnóstico e tratamento, a distribuição de mosquiteiros impregnados para proteger as residências, e também de treinamento e mobilização da comunidade. Nossa expectativa é que cheguemos a 2014 com apenas 150 mil casos por ano, uma redução importante e significativa”, disse o ministro Temporão nesta segunda-feira (16), em Manaus, durante a cerimônia de lançamento do projeto brasileiro.

A Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMTAM) e a Fundação Faculdade de Medicina (FFM) serão responsáveis pelo gerenciamento administrativo e financeiro do projeto e pela execução de todas as ações. A meta é reduzir em 50% os casos de malária nesses 47 municípios, que foram responsáveis pela transmissão de quase 70% dos casos da doença no Brasil em 2007. Naquele ano, dos 458.624 casos registrados em todo o país, esse conjunto de municípios concentrou 311.279 casos de malária. O plano estima uma diminuição gradativa desse número, com a previsão de que eles caiam para pouco mais de 150 mil em 2014.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Proibido o uso estético de câmaras de bronzeamento

Brasília (DF), 11.11.2009 - As câmaras de bronzeamento artificial não poderão mais ser utilizadas para fins estéticos no país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta quarta-feira (11), a resolução RDC 56/09 que proíbe, além do uso, a importação, o recebimento em doação, aluguel e a comercialização desses equipamentos.

A medida foi motivada pelo surgimento de novos indícios de agravos à saúde relacionados com o uso das câmaras de bronzeamento. Um grupo de trabalho da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde, noticiou a inclusão da exposição às radiações ultravioleta na lista de práticas e produtos carcinogênicos para humanos..
De acordo com o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, a proibição já está valendo e não haverá prazo de transição. Segundo ele a decisão da Agência também foi motivada pela constatação de que os equipamentos não contam com manutenção adequada e têm sido utilizados sem controle. “Não se conseguiu comprovar nenhum benefício que justificasse a manutenção no mercado de um produto que comprovadamente causa câncer”, explicou Barbano.

O estudo da IARC indica que a prática do bronzeamento artificial aumenta em 75% o risco do desenvolvimento de melanoma em pessoas que se submetem ao procedimento até os 35 anos de idade. A resolução da Anvisa também afirma que não existem benefícios que se contraponham aos riscos decorrentes do uso estético das câmaras de bronzeamento. No país existe apenas uma câmara de bronzeamento registrada.

A proibição não se aplica aos equipamentos com emissão de radiação ultravioleta destinados a tratamento médico ou odontológico. Antes da decisão da Anvisa, o tema foi discutido com a sociedade em uma consulta pública e uma audiência pública, realizadas em setembro deste ano.

Fonte: Anvisa

CCJ aprova obrigatoriedade de curso para jornalista

São Paulo - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou hoje a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório curso superior para o exercício da profissão de jornalista, informa a Agência Brasil. O próximo passo será a criação de uma comissão especial da Câmara que terá prazo de 40 sessões para analisar a matéria.

Ainda de acordo com a Agência Brasil, a PEC 386/09 estabelece a necessidade de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão.

Há quatro meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a obrigatoriedade do diploma. Um dos argumentos é o de que legislar sobre o assunto seria uma tentativa de restrição da liberdade de expressão, prevista na Constituição.

Fonte:Agência Estado